Heranças da escravidão

da naturalização do racismo institucional ao genocídio da população negra

Autores

  • Emilene Martins da Silva

Palavras-chave:

Racismo, Criminologia, Escravidão, Controle Social, Seletividade, Genocídio

Resumo

Ao observarmos criticamente as ideologias fundantes e inerentes ao funcionamento do sistema penal, torna-se imprescindível analisarmos quais indivíduos, em maioria, são clientes deste sistema. Em um território com raízes firmadas em uma colonização e história escravista, ainda temos permeados os valores que formam uma sociedade racista, ao passo que estas pré-concepções individuais, em conjunto, tecem os contornos de instituições estruturalmente preconceituosas quanto à figura do negro, elencando-o como alvo principal em um sistema de controle social. Nesse aspecto, cotejaremos o racismo (não) velado e a criminologia crítica brasileira, buscando entender no passado as manifestações de seletividade aportadas no Brasil a bordo de navios negreiros e que até os dias atuais refletem-se em números alarmantes, configurando, mesmo diante de tentativas de negar ou naturalizar a existência de discriminação racial, um inegável genocídio da população negra.

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Biografia do Autor

Emilene Martins da Silva

Advogada, Bacharela em Ciências Jurídicas e Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

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Publicado

2018-08-28

Como Citar

SILVA, E. M. da. Heranças da escravidão: da naturalização do racismo institucional ao genocídio da população negra. Revista da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, n. 21, p. 91–124, 2018. Disponível em: https://revista.defensoria.rs.def.br/defensoria/article/view/134. Acesso em: 26 dez. 2024.

Edição

Seção

Convidados